Essas tais de redes sociais -- e não estou falando de facebook e twitter e afins

Esse diagrama é simplesmente fantástico -- e altamente esclarecedor!

Em 2010 participei pela segunda vez de um fórum de comunicação anual que acontece em São Paulo/SP. Como sempre, muitas coisas interessantes no meio de algumas nem tanto. Tinha uma palestra sobre redes sociais, e lá fui eu assistí-la, crente que o cara ia destilar tudo e mais um pouco sobre orkut, twitter, facebook, etc, etc, etc. Nada!

Falou, sim, de redes sociais -- aquele negócio que acontece quando cicrano interage com fulano, que interage com beltrano, que vão interagindo e interagindo e interagindo... Não resisti. Ao fim da palestra fui falar com o cara e ele foi curto e grosso. "Acessa 'Escola de Rede' ponto ning'". Tá bom, acessei.

De lá pra cá muita coisa aconteceu: a Beatriz cresceu e tá aparecendo, tenho uma nova chefe, o Brasil não ganhou a copa (mas vai sediar a próxima), temos a primeira presidenta, alguns ministros já cairam, a crise continua... você entendeu! O que não mudou, nem era novidade, foi o conceito de rede social.

No frenesi dos novos tempos, achamos que facebook (aqui tem jabá), twitter, orkut, tumblr, youtube e essas coisas são redes sociais. Tsc, tsc, tsc! Como já falei ali no segundo parágrafo, rede social é o que acontece quando interagimos uns com os outros. Ou seja, esses bichos que apareceram na internet, ajudam a aumentar, acelerar, assoberbar as interações, mas não são redes sociais -- embora por meio deles, as redes sociais se tornem quase que algo concreto (no sentido de que podemos ter uma noção mais precisa de sua existência).

Caos e... Anarquia?
Só que o Augusto de Franco (o cara da palestra e do site Escola de Redes), vai muito além de apenas deixar claro o que é uma coisa e outra. Ele vai fundo numa questão essencial quando se trata de redes -- sua (falta de) centralização. Explique-se: as redes (sociais ou não), podem ser centralizadas, descentralizadas ou distribuídas. Se você parar para dar uma olhadinha na figura acima entenderá a diferença. Note que em cada tipo de rede os pontos estão no mesmo lugar, e que na situação distribuída, poderia haver zilhares de ligações a mais, já que qualquer ponto (nodo) pode ter acesso a qualquer outro.

Entendeu? As redes mais centralizadas que distribuídas são por natureza hierárquicas. Tem alguém (ou algo) que manda, e outrem que (se tiverem juízo) obedecem. No caso das redes mais distribuídas que centralizadas, não costuma haver o mandador, mas líderes que surgem conforme as interações vão ocorrendo.

A mim me parece algo quase que anárquico. Ele, o Augusto, associa a caos mesmo -- que, óbvia e naturalmente, não é a mesma coisa. Mas, quer saber?, minhas reflexões (e ações) sobre comunicação ganharam mil por cento em qualidade, iniciativa e, também, acabativa.

Continuarei a acompanhar e investigar esse negócio de redes sociais (mídias também) -- até porque estou lendo um livro que o cabra lançou e que reúne muitíssimas das ideias, reflexões e pesquisas deste senhor que, digo eu, está para o Brasil assim como Castells está para a América Latina (se não mais).

Quanto eu terminar de ler o livro (Fluzz) talvez eu volte a este assunto. Ou talvez antes. Mas, certamente, e como diria o Exterminador do Futuro, I'll be back! Hasta la vista, baby!




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